Foto e um poema:
https://www.recantodasletras.com.br/
PAULO DE FREITAS MENDONÇA
Biografia originalmente publicada em 1985:
27 anos. Natural de São Pedro do Sul, RS. Poeta, pajador, declamador, compositor, sapateador, ator e locutor. Autor do livro “Nativismo e Alma.”
Participou de antologias e programas de rádio e televisão no Rio Grande do Sul e países do Prata. Vive em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul, Brasil.
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Diretor do Jornal do Nativismos, que tem 28 anos de atuação. Possui dois livros de poemas e 5 discos de pajadas.
(Fragmento de biografia extraída de
http://www.abcdogaucho.com.br/
O Ignorante
Ignoro os falatórios, descabidos, desconexos,
maus fluídos e reflexos dos que estão no purgatório.
Ignoro os vexatórios atos mal intencionados
dos de alma desgraçados, eternos difamatórios.
Ignoro o negativo proposto à desconstrução,
o falso, o sem compaixão, o descrente e o vingativo.
Ignoro o destrutivo comentário sem razão
e o ato de ilusão, exploratório, abusivo.
Ignoro o obscuro que se julga ser flamante
E procuro estar distante do incorreto e do impuro.
Ignoro e esconjuro boato desconcertante.
Ignoro e vivo a esmo uma vida assobiante.
Concordo com o arrogante por conhecer o meu sesmo,
porque afinal, eu sou mesmo, um eterno ignorante.
ANTOLOGIA POÉTICA DE CIDADES BRASILEIRAS. Rio de Janeiro, DF: Shogun Editora e Arte Ltda, 1985. 118 p. Coordenação editorial: Christina Oiticica.
[Este exemplar foi doado por Rogério Guimarães Oliveira, que tem seu poema na p. 30, para a biblioteca da Caixa Econômica, de Brasília, em 1985. A empresa se desfez do acervo e este exemplar foi para a livraria “sebo” de nosso amigo José Jorge Leite de Brito, que por sua vez nos doou um lote de livros para ajudar na montagem de nosso Portal de Poesia Ibero-americana, em 2021.]
R E F L E X Ã O
(Pajador)
Se sou pensamento, sou muito pouco
Pois não tenho tempo nem para pensar
Se eu sou sorriso, sou muito menos
Pois o meu sorriso demora a brotar
Se sou compreensão, eu sou muito pouco
Pois só penso em mim ao invés de me dar
Se eu sou amor, sou muito menos
Pois me falta coragem para poder amar
Se sou esperança, eu sou muito pouco
Pois espero que a sorte venha me mudar
Se sou carinho, sou muito menos
Pois não tenho calma para acariciar
Se sou humano, eu sou muito pouco
Pois o próximo está longe, nem posso avistar
Se sou racional, sou muito menos
Pois outros seres só quero matar.
Se eu sou apenas mais um, eu sou muito pouco
Pois queria ter forças e o mundo mudar
Se eu sou conformado, sou muito menos
Pois preciso aprende a me aperfeiçoar
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Página publicada em março de 2021
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